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Prefeitura de SP Rompe Contratos com Empresas de Ônibus Ligadas ao Crime Organizado

Transwolff e UpBus são afastadas após investigações apontarem supostos vínculos com o PCC.

REDAÇÃO NBS


A Prefeitura de São Paulo anunciou nesta quarta-feira (29) a rescisão dos contratos com as empresas de ônibus Transwolff e UpBus, suspeitas de ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC). A decisão ocorre após a rejeição das defesas apresentadas pelas concessionárias no processo administrativo.

A Transwolff declarou que recorrerá à Justiça, alegando que a decisão da Prefeitura é arbitrária e ilegal. A empresa sustenta que não há provas de qualquer vínculo com o crime organizado. O Estadão tenta contato com a UpBus.

A Prefeitura garantiu que a operação dos ônibus continuará normalmente, com o pagamento de funcionários e fornecedores assegurado. A equipe técnica e jurídica já trabalha na substituição das empresas para garantir o atendimento integral da população.

A rescisão dos contratos foi oficializada pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB) no fim de dezembro e publicada no Diário Oficial do município. A decisão ocorre no contexto da Operação Fim da Linha, que desde 2023 investiga a infiltração do PCC no setor de transportes públicos. O presidente da UpBus, Ubiratan Antônio da Cunha, foi preso recentemente por descumprir medidas cautelares.

Mesmo sob investigação, as empresas receberam R$ 827 milhões em repasses da Prefeitura e assinaram novos contratos para operar no sistema de transporte público.


Relembre o caso: O Ministério Público investiga um esquema em que o PCC teria usado laranjas e empresas de fachada para controlar parte do sistema de ônibus da capital. A UpBus e a Transwolff foram apontadas como beneficiárias desse esquema, com a primeira supostamente sob controle de líderes do PCC e seus familiares.

Após quatro anos de apuração, a Receita Federal, o Gaeco e o Ministério Público identificaram um cartel do crime organizado dentro do transporte público. Como consequência, 15 acionistas da UpBus e seis diretores da Transwolff foram afastados pela Justiça.

Durante a campanha eleitoral, a investigação foi amplamente utilizada contra Ricardo Nunes. A Transwolff, por exemplo, já havia perdido o contrato para operar os ônibus aquáticos na represa Billings, na zona sul da cidade.






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